Milhares de pessoas no Rio Grande do Sul têm sido apoiadas pelo Exército de Salvação através da distribuição de cerca de 240 toneladas de alimentos, água, produtos de higiene e limpeza, roupas, cobertores e colchões.
“Nosso trabalho não pode parar”, foi a mensagem da Divisão do Rio Grande do Sul do Exército de Salvação, publicada nas páginas das suas redes sociais semanas depois que o Estado decretou estado de calamidade pública, devido às chuvas torrenciais e enchentes que começaram no final de abril. Segundo a Defesa Civil, a maior catástrofe climática na história do Estado afetou mais de 2 milhões de gaúchos e deixou mais de meio milhão de pessoas desabrigadas, com um rastro de mortos e desaparecidos.
Atuação do Exército de Salvação ao redor do Estado
A Região Central foi uma das áreas mais devastadas, como a cidade de Santa Maria, sede da Divisão e do Corpo. A Major Alessandra Nunes, Diretora Divisional do Ministério Feminino, lembra daqueles primeiros dias: “Houve deslizamentos de terra em comunidades próximas a nós, e muitas pessoas perderam tudo. Como a maior parte do acesso estava bloqueado dentro e fora da cidade, as pessoas entraram em pânico, estocando alimentos e combustível”.
O Exército de Salvação montou, na cidade, uma equipe de emergência de resposta rápida para avaliar a devastação e as necessidades locais. Água, kits de higiene, material de limpeza e alimentos foram distribuídos para famílias identificadas. Equipes visitaram abrigos locais, para distribuir centenas de marmitas, realizar atividades lúdicas com as crianças, conversar com as pessoas e oferecer apoio pastoral, a fim de descobrir melhor suas necessidades. Devido ao frio, centenas de cobertores foram distribuídos aos bairros afetados pelas chuvas.
Na cidade de Pelotas, à medida que a água das enchentes descia pela Lagoa dos Patos, o Exército de Salvação começou a acolher, em sua maioria, idosos que tiveram que sair de suas casas, além de continuar a oferecer alimentação às crianças e aos adolescentes atendidos pela Unidade. O Corpo de Rio Grande atendeu moradores ribeirinhos que ficaram desabrigados, entregando cestas básicas, cobertores, kits de higiene e kits com comida e achocolatado. Refeições diárias também foram distribuídas para pessoas em abrigos e casas alagadas, juntamente com roupas, sapatos, cobertores e colchões.
Enquanto o impacto da chuva foi menor nas cidades na fronteira do Estado, em Livramento equipes ainda arrecadaram alimentos, água e materiais de higiene e limpeza para apoiar o trabalho do Exército de Salvação em outros lugares - até mesmo em cidades sem presença salvacionista, como São Gabriel. Quase 400 pessoas foram apoiadas pelas doações arrecadadas pelo Corpo em Livramento com apoio da Norte Sul e Super Niederauer. Por conta da ajuda dada à população, o Exército de Salvação foi convidado pelas autoridades locais para mais conversas com o objetivo de estabelecer uma Avançada permanente na cidade.
Em Quaraí, o grupo de mulheres preparou kits para crianças atípicas desabrigadas, e as crianças do Corpo escreveram cartas para serem enviadas junto às doações.
Os Corpos de Uruguaiana e Alegrete também trabalharam na entrega de kits de limpeza e cestas básicas às comunidades afetadas pelas chuvas. Embora o Exército de Salvação tenha iniciado o trabalho em Caxias do Sul apenas este ano, um pequeno grupo ali pôde mobilizar-se para fazer kits de roupas infantis, como bodys, macacões, meias e itens pessoais.
Apoio a Porto Alegre e Eldorado do Sul
Em Porto Alegre, capital do Estado, o rio Guaíba transbordou, inundando partes significativas da cidade e dos municípios vizinhos. A área onde estão localizados o Corpo de Porto Alegre e o Bazar Beneficente ficou completamente inundada. A Avançada em Eldorado do Sul ficou praticamente submersa.
Assim que as estradas ficaram mais acessíveis, o Exército de Salvação enviou a Cantina de Emergência e vários caminhões com as doações entregues pela população em pontos de coleta nos Bazares Beneficentes em São Paulo e na Sede Nacional. Doações também vieram do Rio de Janeiro, Curitiba e Joinville e de parceiros como a Fedex.
O Major Juliano Santos, Secretário Nacional de Programas, que tem ajudado a coordenar a resposta emergencial, foi com um pequeno grupo a Porto Alegre levar o primeiro caminhão. Ele viu a devastação causada pela água, o cansaço das famílias nos abrigos, mas também a solidariedade das pessoas: “Foi triste ver a situação de Porto Alegre, minha cidade natal, e da região metropolitana. Ver a incerteza no olhar e nas palavras das pessoas foi impactante. Porém, também agradeci a Deus pela oportunidade de poder servir àquela comunidade e levar um pouco de alento e esperança, não somente com as doações, mas com palavras e ações”.
Fase de reconstrução
Fotos recentes da nossa atuação pelo Estado
O Exército de Salvação agradece todas as pessoas e empresas que contribuíram para o nosso trabalho através de doações em dinheiro e em espécie. O trabalho de reconstrução continua.
Doe: PIX
Favor especificar ApoioRS
Para mais informações:
(11) 5591-7074
Stéphanie Chagas-Bijl
Departamento de Relações Comunitárias